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Sexta-feira, Abril 26, 2024

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Comissão de Monotorização dos Efeitos da Seca diz que “recursos das explorações para rega não são suficientes para fazer face às necessidades hídricas das culturas”

Atendendo à situação de seca verificada em Portugal continental, a Comissão Permanente de Prevenção, Monitorização, e Acompanhamento dos Efeitos da Seca e das Alterações Climáticas determinou que fossem produzidos relatórios quinzenais de monitorização dos fatores meteorológicos e humidade do solo, das atividades agrícolas e dos recursos hídricos. Pretende-se, pois, assegurar uma Monitorização Agrometeorológica e Hidrológica para que os decisores políticos, dotados de informação suficiente sobre a situação de seca no país, possam agir em tempo útil e com rigor a esta situação.

De acordo com o ultimo publicado pela referida comissão, a nível das culturas primavera verã “no Alentejo mantêm-se as estimativas, em baixa, das áreas semeadas comparativamente ao último ano – quebra nas áreas de tomate para a indústria (20%), milho (20%) e arroz (30-35%), bem como a redução de áreas instaladas nos aproveitamentos hidroagrícolas de Vale do Sado e de Veiros. Em muitos casos as disponibilidades hídricas das explorações não foram suficientes para garantir o regadio das culturas de primavera/verão inicialmente planeadas, motivo pelo qual se verifica a redução das áreas destas culturas, comparativamente ao passado ano agrícola.”

No que respeita às culturas arbóreas e arbustivas (vinha, pomares e olival), o mesmo relatório constada situações no Alentejo “em que os recursos das explorações para rega não são suficientes para fazer face às necessidades hídricas das culturas instaladas, nomeadamente culturas permanentes. As vinhas e olivais de sequeiro atravessam uma situação de stress hídrico, devido às altas temperaturas, o que, previsivelmente, originará algumas quebras de produção. Nestas culturas, nomeadamente no olival, verificou-se uma antecipação do início da rega, o que representa um acréscimo de custos associados a estas culturas. No que se refere à uva para vinho, perspetiva-se uma quebra de produção de 10% a 20%. Esta quebra será maior nas castas tintas do que nas castas brancas, existindo variabilidade nas diferentes sub- 22 regiões vitivinícolas, sendo que algumas apresentam uvas com boa qualidade. As quebras referidas resultam não só da situação de seca como também da ocorrência de algumas geadas tardias e das temperaturas anormalmente elevadas registadas na 2ª quinzena de junho. Resultado da antecipação do ciclo vegetativo, as vindimas iniciaram-se, de uma forma generalizada, na segunda semana de agosto, estando na sua grande maioria terminadas.”

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