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PSD quer “investimento estrutural” para captar e distribuir água no Alentejo, diz líder parlamentar (c/som)

Na passada quarta-feira, 22 de Novembro, o Grupo Parlamentear do PSD esteve nos concelhos de Redondo e Alandroal com o objetivo de “avaliar o que o Governo está a fazer para minimizar” os efeitos da seca, pode ler-se numa nota enviada às redações.

Em declarações aos jornalistas junto à Barragem da Vigia, das que menos percentagem de água regista por esta altura no Alentejo, Hugo Soares, líder parlamentar da bancada social-democrata, denuncia “atraso nos pagamentos aos agricultores que recorrem ao PDR (Programa de Desenvolvimento Rural)”.

De acordo com o social-democrata, “é preciso haver rapidamente um plano [de investimento] estruturado”, que não seja “correr atrás do prejuízo ano após ano, depois de períodos de seca”, motivando a afirmação de que o Governo é “muitas das vezes reativo”, mas que, “a reação em emergência sai sempre mais cara e é mais prejudicial do que aquilo que é feito de forma estruturada”.

Hugo Soares relembra o “atraso nos pagamentos aos agricultores que recorrem ao PDR”, algo transmitido ao social-democrata pelos agricultores alentejanos à bancada social-democrata, sustentando que “causa um prejuízo diário de tesouraria”.

O líder parlamentar frisa que “é preciso desburocratizar”, denunciando “a confusão de papéis para aceder a qualquer apoio”, que o dinheiro colocado para estas matérias “não chega para metade daquilo que é necessário” e no Orçamento de Estado (OE) para 2018 “várias propostas com a majoração dos incentivos aos equipamentos de rega eficiente”.

Questionado acerca da melhor forma de aproveitar a água, Hugo Soares sustenta que “senão houver um investimento estrutural para a captação e distribuição é impossível utilizar a água”, motivo pelo qual, indica a “discordância profunda relativamente OE que não tem que ver só com as matérias da agricultura”.

À RC, Francisco Pimenta, da Associação de Beneficiários da Obra da Vigia, refere que a utilização dos regantes “tem sido um equilíbrio”, sustentando que “não tem sido uma abundância para a cultura”.

“Dada as limitações, temos tentado dar uma resposta” referiu o responsável, indicando que a nova ligação ao Alqueva “é uma conduta que é uma benesse para os agricultores”.

Ainda da mesma associação, Manuel Matos alerta para a escassez deste bem, afirmando que, neste momento, “não temos água para fazer a próxima campanha”.

Segundo o técnico, a ligação a Alqueva “tem sido a salvação” embora considere “insuficiente para satisfazer as necessidades” da Barragem da Vigia, referindo que, caso não venha um ano chuvoso, “terá que haver uma redução nas culturas anuais”.

Da Barragem do Lucefecit, na freguesia de Terena, falou à RC Gonçalo Morais, da Associação de Beneficiários dessa Barragem, que indica a necessidade “das chuvas de Outono para assegura a campanha de rega normal” para o ano seguinte.

A Associação continua a regar por ainda ter “alguma reserva de água”, situação diferente ao que se verifica na Barragem da Vigia que “a bacia hidrográfica, muito dificilmente transporta água para a vigia”.

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