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Sábado, Abril 20, 2024

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“Não há nada pior do que terminar os últimos dias sozinho”, considera o director da CDSS de Évora

O director do Centro Distrital de Segurança Social CDSS de Évora, José Ramalho, assume os desafios demográficos que a região enfrenta, e destaca a importância de apoios sociais a entidades como as creches para combater problemas como a desertificação ou o envelhecimento da região do Alentejo.

 

“Para verem o desafio demográfico que temos pela frente, se cada um de nós, em idade fértil, tivesse 4 filhos, nós só íamos repor números aceitáveis em 2025. Somos cada vez menos no Alentejo, e mais velhos. Daí a importância de fazermos este investimento tremendo na infância e na juventude”, considera José Ramalho.

“O índice de envelhecimento no Alentejo é uma coisa preocupante. Por cada 100 jovens existem 149 idosos. Este número é preocupante porque nós somos poucos”, sublinha.

O director da CDSS de Évora falava com a Campanário à margem da assinatura de acordos de cooperação com 36 creches do distrito. Os números ascendem aos 380 mil euros.

“O investimento nesta área do complemento das creches, em 2022, vai ser superior a 128 mil euros. E, em 2023, o nosso encargo é superior a 257 mil euros. No total, para 36 creches, a comparticipação vai ser superior a 386 mil euros”. Os apoios abrangem 1343 crianças.

Para José Ramalho, a gratuitidade das creches é outra medida fundamental na fixação da população e do planeamento familiar. “É uma medida que, para além de estrutural é estruturante. Ajudará a fixar população, ajudará o repensar do planeamento familiar, e pode ser desafiante para as próprias instituições”, aponta Ramalho.

O responsável pela Segurança Social de Évora considera também a solidão como um dos grandes flagelos da região. “Não há nada pior que terminar os últimos dias sozinho, sem uma mão, sem um carinho, sem um afecto, sem uma presença”, lamenta, e sublinha a necessidade de “medidas de construção de uma sociedade mais justa, com mais equidade”.

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